Os angiomas cavernosos representam 5-13% do total das malformações vasculares. Em 75% dos casos encontram-se na fossa posterior, e até 30% associado a drenagem venosa anormal. A principal complicação é constituída pelas hemorragias; é excepcional a presença de focalidade neurológica sem evidência radiológica de hemorragia. Caso clínico. Apresentamos um caso de um homem de 54 anos de idade com factores de risco cardiovascular, que apresenta um quadro progressivo, de 72 horas de duração, com envolvimento dos pares cranianos baixos esquerdos, défice sensitivo e alteração da coordenação compatível com um síndroma de Wallenberg. Com tomografia axial computorizada craniana normal em duas ocasiões, fez se o diagnóstico de AVC vertebrobasilar em progressão. Após cinco dias, a ressonância magnética (RM) mostrou a presença de um angioma venoso e uma drenagem venosa anómala associada. Conclusão. Os angiomas cavernosos apresentam um equilíbrio dinâmico de hemorragia e trombose de intra-cavernoma, com um fluxo venoso muito lento. Uma ruptura deste equilíbrio supõe um aumento de pressão de intra-cavernoma e o envolvimento do tecido circundante, sem expressão radiológica de hemorragia. A RM ajuda nestes casos a diferenciar uma malformação vascular de fluxo lento de um quadro de AVC isquémico de origem arterial.
Fonte: http://www.revneurol.com/sec/resumen.php?i=p&id=2004091&vol=39&num=09
Fonte: http://www.revneurol.com/sec/resumen.php?i=p&id=2004091&vol=39&num=09
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